Sala de Aula B-5

Relembrando a primeira mensagem :

Essa sala de aula é conhecida como uma das mais carismáticas de toda a Universidade.
Todos os alunos são bem diferentes um dos outros, mas a reputação é dada pela sua professora excêntrica.

Rotas:

>>Interior da Universidade - Visão Geral

*Uryuu finalmente chegava em sua sala de aula, abrindo a porta entrando com tudo* 

URYUU: CHEGUEI! 

*Uryuu acaba fazendo um tumulto e assim dá de cara com dois professores. Uryuu se ajoelha e começa a implorar para deixa-lo assistir a aula* 

Uryuu: DESCULPA DESCULPA DESCULPA! EU ESTAVA VENDO UM TAL DE PAPA LOVE E ACABEI PERDENDO O HORÁRIO! POR FAVOR ME DEIXEM PERMANECER NA SALA, POR FAVOR! 

*Uryuu estava desesperado, mas no fundo não estava ligando caso perdesse a aula, ele só está fazendo isso pois não quer perder pontos e assistir as aulas é importante para quando ter algum tipo de avaliação*

As aulas seguiram normalmente e após terminar ela, Leo saiu da sala primeiro para terminar a sua inscrição no colégio.

Vegas e Kagami nunca apareceram na sala de aula.

Ficou surpresa com aparição do novo aluno, certamente seria assunto para o clube de jornalismo, não é? Anastasia parecia ter se dado bem com ele... Mas, o que foi aquela dor de mais cedo?

Aliás, sentiu uma pontada de preocupação com Vegas. Tudo bem que ele parecia estar dentro dos alunos que pareciam estar causando problemas ou dores de cabeça para o conselho, mas... Bem, tinha dito que iria ser a amiga dele, talvez devesse procura-lo? Mas...

Teve uma ideia, perguntar onde viram ele pela ultima vez. Deu um pequeno sorriso, se enchendo de coragem para procurar os desaparecidos. Se levantou e juntou suas coisas, saindo um tanto apressada.

>>> Interior da Universidade - Visão Geral

*Uryuu apenas saia da sala de aula, sem demonstrar nenhum tipo de reação.* 

Quando a aula terminou olhou para suas mãos e joelhos machucados, o corretor deveria ser seguir para a enfermaria e se tratar, mas ela já estava acostumada a sentir dor, então aquilo era nada. Certo? Um suspiro escapou de seus lábios enquanto ela colocava a mochila nas costas e seguia para fora da sala.

>>> Interior da Universidade - Visão Geral

Kagami chegou na sala com aquela aura agressiva que pertence àquelas pessoas que os outros normalmente não querem chegar perto, e sentou-se no seu lugar, com as costas totalmente jogadas para trás, de braços cruzados e com aquela cara amarrada de " o que você quer?" . Talvez fosse até suficiente pra deixar quem já estivesse na sala desconfortável.

[off: não sei se tinha npc ali ou não ]

A sala parecia estranha,
estranha para Kagami.

"Porque todos estão normais sem mostrar qualquer reação ao que está acontecendo?"


"Porque todos mantém essa atitude alegre e despreocupada quando algo claramente está errado?"


"Porque eles não estão sentindo o mesmo desconforto que eu? Será que estou ficando paranoico, ou são todos os outros que perderam a sanidade?"

A indiferença de todos a seu redor o irritava mais ainda. Não era tanto que tivessem chegado ao limite de sua paciência, mas que naquele dia não tinha acordado com paciência nenhuma.

Aquela raiva de origem desconhecida tomava conta de seu corpo completamente.


Ele se levantou bruscamente, dando um soco na mesa com toda sua força, o que talvez não a quebrasse [muito], mas pelo menos a derrubaria fazendo um alto estrondo que dificilmente passaria despercebido.

- Qual é o problema de vocês?! Por acaso vocês não sentem falta de ninguém?! Por acaso acham que nada pode acontecer com vocês que ter um assassino dentro da escola não os afeta de forma alguma?! Ou acaso acham que estando na sala, nunca nada vai acertá-los?

Honestamente nem sabia o que queria naquele momento. Simplesmente explodiu de raiva.

A ação de Kagami foi um tanto inesperada, após um tempo de silêncio cochichos rolaram pela sala, todos se perguntavam o que tinha acontecido com Kagami e porque ele estava irritado.

Ninguém confrontou ele diretamente, deixando apenas que suas palavras das fofocas ecoassem pela sala. Claramente aquelas palavras não tinham afetado ninguém, apenas um membro do conselho estudantil que estava passando no corredor e faz um sinal para Kagami que significava "Abaixe o volume da voz".

O garoto estava com os olhos queimando de fúria e os punhos fechados, um deles ralado pelo soco. A carteira continuava no chão, e ele não tinha a menor iniciativa de voltar atrás e colocá-la de volta no lugar. 

"Se você virou nessa página você se esqueceu de o que tem a sua volta não é a realidade"


Era o que dizia no livro e aquilo parecia pra ele mais um pesadelo desconfortável. Não era necessário ter monstros ou mortes para ser assustador. Mas tiveram também.

"Se isto for um sonho lúcido... Eu deveria ser capaz de controlar, talvez? Pelo menos eles não se importam com o que eu faço... Mas talvez alguns se importem. "

Ele se concentrou o quanto conseguia em seu estado de fúria. Chutou a carteira com um barulho alto para tentar se acalmar. Queria ver ali se alguém se importava mais que os outros ou se eram todos igualmente robóticos. Também olhou pela janela caso conseguisse enxergar lá fora qualquer "pesadelo" como o que teve com o professor de matemática.

Os outros alunos estavam assustados, até que 2 membros do conselho estudantil entraram na sala.

Um deles então coloca a mão no ombro de Kagami, sem medir forças.

"Já chega, você já criou cena demais. Arrume a bagunça que você fez agora e eu posso pensar em não reportar pro presidente. Ou você pode continuar pra testar minha paciência. Eu já aviso que você não vai gostar do resultado, calouro."

O acesso de raiva de Kagami não abalava o rapaz por nenhum segundo.

O garoto virou só olho e um pouco a cabeça observando a pessoa por uns instantes. A indeferença daquele rosto ainda o irritava, mas o deixava intrigado.

"Um sonho. Alguém se importou? Ou neste sonho era mesmo pra ela ter se importado?"

Ele resolveu testar. Se abaixou e com uma mão só levantou a carteira e a deixou no lugar, sem dizer nada, nem desculpas, apenas fitando o ser ali com a expressão fria e agressiva, como se estivesse atento à sua reação. 

Um pesadelo poderia ser doloroso também e sentira na pele. Mas o que o interessava naquele momento era outra coisa, se fosse um sonho, queria controlá-lo, não simplesmente desafiá-lo.

O membro do conselho estudantil apenas o observou enquanto Kagami colocava a cadeira no local.

"Eu espero que você não venha causar mais problemas, você já faltou a aula passada e agora cria essa confusão toda. O Conselho Estudantil está de olho em você."

Ele o encarava de braços cruzados.

Os outros alunos ainda estavam estudados com a mudança tão grande da personalidade de Kagami.

"A professora está chegando então tenha um pouco de respeito."

Os dois então saem da sala, mas provavelmente estão de olho em Kagami. O resto da turma então tenta voltar a rotina, mas um ou outro sempre voltava os olhares para Kagami.

Kagami observou eles saindo, e sentou se, com o cotovelo apoiado na mesa e a mão no rosto, abrindo um sorriso maligno.

O conselho estudantil deveria saber de uma mísera falta de um aluno? Eles deveriam ter total confiança de que um aluno emputecido não os poderia encher de porrada?

"Algo mais aqui é real. Vou descobrir o que."

Ele praticamente emitia uma aura tanto de raiva como maligna agora.

Entrando na sala de aula com um sorriso e segurando a alça da mochila, Anastasia ergueu a mão livre depois de abrir a porta e disse num tom animado.

- Bom dia!

Como era raro conseguir chegar na hora, seu humor estava um pouco melhor, embora a razão de consegui-lo fosse a falta de sono que teve, rendendo-lhe algumas olheiras e rosto pálido. Ela se aproximou da própria mesa e ergueu o olhar para Kagami, que não parecia bem. Se apoximou, tocando em seu ombro, notando pelo canto do olho que algumas pessoas as encaravam com expectativa.

- Kagami? Você está bem?

Por causa do humor que estava, Kagami só percebeu a entrada de Anastasia quando ela tocou seu ombro. Ele ficou atônito olhando para ela alguns segundos. 

Queria ter certeza de que algo era real, e ali estava, na sua frente uma das poucas pessoas que lhe pareciam assim. 

As outras pessoas simplesmente não se dirigiam a ele, os membros do conselho sendo exceção por causa da confusão. Mas ela vinha até ele. 

Ele trincou os dentes, olhando pra baixo, e fechando os punhos, até o momento que simplesmente abraçou a garota, escondendo o rosto praticamente nos peitos dela. [Um pouco mais acima na verdade]

-Não. Não estou. Estou com medo. Com raiva. Confuso....Eu não sei mais como eu me controlo ou descubro o que raios estou sentindo. Me sinto como se quissesse arrancar minha própria pele fora.

Ficou estática quando sentiu o abraço junto com o rosto esquentando, os braços estavam erguidos e a boca só abria e fechava sem emitir som algum. Até que ela olhou em volta e viu os olhares de reprovação. Estalando a língua, ela abraçou a cabeça de Kagami, deixando uma mão apoiada em suas costas.

- Está tudo bem, tudo vai dar certo. Eu estou aqui do seu lado, por isso não fique assim.

Apoiou a bochecha no topo de sua cabeça enquanto acariciava os longos fios com um sorriso calmo no rosto, sem se importar com o que acontecia ao seu redor.

Ao ser abraçado de volta e sentir os toques no cabelo, sentiu um choque correndo pelo corpo como se tivesse sido atingido por um raio.

Algo nostálgico. Algo que se lembrava? Não. De alguma forma era diferente. 

Ele sentiu o peito apertar, com o coração pesando. Ele trincou os dentes, tentando segurar tudo aquilo que não compreendia, apertando os olhos, e deixando escapar pela bochecha uma lágrima que não tinha conseguido prender. A cada segunto se sentia mais e mais como uma bomba prestes a implodir.

Continuou falando em voz baixa palavras que poderiam tranquiliza-lo, afinal sabia exatamente como ele se sentia e se poderia confortar alguém, ela o faria. 

- Você não está sozinho, okay? Não importa o que aconteça, saiba que pode contar comigo.

Erguendo a cabeça, ela depositou um beijo no topo de sua cabeça, apertando um pouco mais o abraço. Um olhar sério e severo cobriu pessoa por pessoa na sala, principalmente os que ainda olhavam, como se dissesse para deixa-lo em paz. Aquilo não era normal, aquele lugar não era normal. Era frágil demais, falso demais.

-O...obrigado...Ana...

A voz saiu baixa e um pouco tremida por tudo o que estava contendo em si. Os braços que a abraçavam estavam tremendo também. 

Você não está sozinho.


Eram palavras que por algum motivo o acertavam como um caminhão. Mas sentia que eram verdadeiras. E se lembrou também da outra única pessoa que tinha se dirigido a ele enquanto estava nesse estado. 

Depois de uns minutos, um pouco mais calmo, se soltou um pouco do abraço, ainda com a cabeça baixa, segurando a mão dela. 

-Obrigado Ana.. Eu vou ficar bem agora. Melhor você sentar antes que o professor chegue.

"Vou ficar bem...Ao menos por esta aula."

- Hihi, fico feliz em ouvir isso!

Um grande e sincero sorriso tomou conta novamente de seus lábios enquanto voltava sua atenção para Kagami.

- Depois podemos ir comer alguma coisa, ai conversamos melhor, okay?

-Certo. Você é uma boa pessoa, Ana.

Ele sorriu pra ela também. Seus olhos brilhavam um pouco mas sua expressão claramente mostrava a dor que ele escondia mas que ele mesmo não percebia.

Voltou a sua atenção para o celular, e mandou uma mensagem para Zach.

"Zach, onde você está? Você está bem?"

-----------[Linha do evitando double post]---------

Ao receber a mensagem ficou ao mesmo tempo, assustado pela enfermaria, aliviado por não ser nada grave, e paranóico por e se fosse algo grave e ele não estivesse dizendo?
Ele mandou mais umma mensagem.

"Ah, ok, vê se não se atrasa pra aula. Aparentemente uma faltinha que seja é suficiente pra ter o conselho na tua cola. "

Ele realmente deu ênfase nessa parte, mas não tinha certeza do que o levou a fazê-lo? Avisá-lo talvez? Não tinha mais certeza de mais nada e naquele momento achou mais fácil culpar ter acordado com o pé esquerdo.

- Uryuu finalmente chega em sua Sala de Aula, com a cara fria de sempre ele vai em direção a cadeira perto da janela. Uryuu não pretende ficar tão atento a aula de hoje já que teve uma noite de sono tão ruim, assim enquanto a aula não começa Uryuu decide soltar um cochilo após ter sentado em sua cadeira. Uryuu se sente desacomodado e bota os pés em cima da mesa do lado, assim botando os braços por trás da cabeça.  -             

                  -- Perfeito, agora eu posso descansar sem me preocupar. Bom dia para mim mesmo. --