Sala da Biblioteca

Relembrando a primeira mensagem :

A biblioteca da Universidade possui um acervo de livros (físicos e digitais) de praticamente todas as eras, somado ao banco de dados coletado de fontes confiáveis da internet é garantido que irá encontrar o que precisa nesse lugar.

"Mantenha silêncio e não atrapalhe os outros." - Você pode ler uma placa com os seguintes dizeres.

Rotas:

>>Interior da Universidade - Visão Geral

Mark balançava a cabeça.


Ele então olhava para o relógio mais uma vez.

Mark olhava suspeito para a garota, isso era um tanto similar o que acontecera com Jessie.


Em cheio. Era quase se ele tivesse lido a mente da garota. Seus olhos eram bem atentos e sua mente ainda mais.


Ele mantinha o mesmo sorriso de antes, mas agora aquilo começava a preocupar Hannabel em o quão preciso ele era, talvez já soubesse de tudo e só tinha perguntado para confirmar.

Mark apenas riu com o comentário dela.


Ele coça a cabeça enquanto mantém o mesmo sorriso de sempre.


Ele olhou para ela por instantes, mas cedeu antes.

Mark olhava para garota e então se levantava, então olhava para seu relógio de pulso mais uma vez.


Ele então dava tchau para a garota e saia da biblioteca sem delongas.

Louise buscava pelos registros familiares de todos ou ao menos os seus, mas tais informações não eram liberadas ao publico. Além disso, a única identificação que ela carregava era sua carteira de estudante que apenas mencionava seu nome e número de matrícula.

O número de matrícula era usado apenas internamente pelos sistemas da Universidade de meio de comprovar sua matricula e nada mais, era um completo escuro.

Notando que não iria conseguir mais informações nessa pista, ela buscou pelo site que falaram, o PJ ou Piece Jornal. Assim como foi dito por Leo e Shinji, após um pouco de pesquisas, encontraram o tópico que eles descreveram e tudo batia com o que eles afirmaram.

"A Guerra do Graal vai começar, onde vários disputarão pelo direito de ter qualquer desejo realizado. No oceano lunar, as almas se reunirão e mais uma vez o combate se resumirá pelo destino de todos."

E era apenas isso, sem autor, sem IP, extremamente vaga... no entanto a grande quantidade de comentários fazia isso parecer menos como uma brincadeira e sim como algo sério e misterioso.

Adentra a sala rapidamente, ainda sem saber bem o que procurar, mas sente-se mais animada ao notar duas garotas mexendo nos computadores e saber que não ficaria sozinha.

Naquele instante o pulso de Akemi começara a doer de forma intensa. Como se sua mão estivesse em chamas e seu coração batesse acelerado.

Foi como se uma voz muito distante a estivesse chamando...

Akemi então desperta após as memórias surgirem, mas uma das marcas em sua mão tinha desaparecido.

Estava ocupada dividida entre a frustração de não ter encontrado nada e a leve dor de cabeça que começava a se formar, talvez por causa do dia. Suspirou profundamente e deu um sorriso delicado quando viu a menina entrar na biblioteca, olhando para Louise e voltando a se aquietar na cadeira, acariciando as próprias têmporas antes de ver a menina que estava a pouco ali praticamente apagar do nada. Prendeu a respiração, novamente olhando para a ruiva e indo em direção a morena, sentindo estranhamente aquela dificuldade ruim de respirar, balançando a cabeça e se assustando com a noite chegando tão rápido ali. Segurou a mão da morena que havia entrado e olhou-a, esperando-a acordar.

Uma vez desperta, Akemi sente-se ainda mais estranha. Não compreende bem o que havia acabado de acontecer ali, mas sente que aquela visão tinha a ver com algo importante. Ela só não conseguia se lembrar o que era... Quem era aquele monge? E de onde vinha essa sensação de que ela precisava se lembrar?

Conforme recobrava seus sentidos, sentiu que alguém segurava a sua mão, e abriu os olhos devagar. Encontrou próxima de si uma das garotas que antes usava um dos computadores, e curvou os lábios em um sorriso singelo de gratidão. Apesar de desejar fazê-lo, ainda não se sentia completamente apta para falar.

Sentou-se no chão, com dificuldade, e logo notou que sentia uma grande falta de ar. Numa análise geral do ambiente, notou que já é noite, e se perguntou se não foi ela quem permaneceu desacordada por muito tempo.

— O que aconteceu comigo? — Pergunta para a menina ao seu lado, ainda desnorteada.

Desvia o olhar para as marcas em sua mão novamente, e nota que uma delas simplesmente desapareceu. Isso faz com que a pequena fique ainda mais agitada, por mais que as palavras ditas a ela pelo monge de sua visão a tranquilizem por algum motivo.

E naquele instante todos ali presentes sofrem uma forte vertigem, o suficiente para quase derrubar eles, e assim uma voz feminina ecoa pelo local.




Para cada frase dita a voz mudava de entonação e tudo aquilo servia para criar uma sensação horrível em cada um de vocês, como se alguém enfiasse a mão dentro do seu peito e misturasse todos os seus órgãos enquanto você assistia.

ROOT.ACESS(true):

E naquele instante o mundo mudou. Algo semelhante a uma espécie de massa escura passou a sair de todas as frestas e buracos, lentamente consumindo tudo em sua volta. Vários estudantes que ainda estavam ali eram absorvidos pela massa e seus gritos de dor ecoavam pelos corredores e salas.

CLASS.ERROR:

O céu era completamente vermelho e pequenas partículas escuras que se assemelhavam com cinzas voavam apara os céus. Em breve, esse será o seu destino. Ninguém mais está seguro.

Guerra. De novo, estavam falando sobre isso. Akemi tentou se lembrar novamente, sentindo que sabia algo sobre o assunto, mas não conseguia. E, afinal, tudo aquilo estava realmente acontecendo com outras pessoas além dela? Parecia tão difícil de acreditar.

— Como assim? Que guerra? — Questiona, sem compreender, percebendo que não era a única com problemas respiratórios naquele momento.

Sentiu uma forte dor de cabeça repentinamente, sofrendo uma forte vertigem logo em seguida. Isso fez com que ela precisasse apoiar as mãos no chão atrás de si a fim de tentar manter seu equilíbrio. Quando uma voz feminina começa a ecoar o local, é tomada pela pior sensação que já havia sentido em toda a sua vida.

"Guerra do Santo Graal". Ela não sabia o que era isso, e muito menos o porquê desse nome lhe parecer tão familiar.

Assustada com tudo o que ouvia, e ao mesmo tempo tentando compreender o que estava acontecendo, a pequena abraçou seus joelhos, escondendo seu rosto entre os braços, enquanto seu corpo todo tremia. Fechou fortemente os olhos, e lágrimas escorriam por suas bochechas. Sentia que já estava quase se lembrando, mas aquilo era o que menos importava naquele momento.

Quando abriu seus olhos novamente, esforçou-se para levantar e acompanhar as outras garotas. Olhou para sua mão mais uma vez, e agora, não havia nenhuma marca nela. Quando parou para analisar a sala onde estava, seu desespero aumentou, e as lágrimas voltaram a cair. Se perguntou mais de uma vez se tudo não se passava de um pesadelo. Se sentia mais perdida do que nunca, então, mesmo com medo e com seu corpo trêmulo, decidiu que com certeza seria mais seguro se juntar às meninas. As acompanhou sem hesitar, fazendo o máximo para passar pelas partes do chão que ainda lhe pareciam ao menos minimamente normais.

Tudo estava tão sombrio que parecia um cenário pornográfico em filmes de terror, os chãos estavam começando a tremer como se estivesse acontecendo um terremoto, as paredes tremiam tanto que pareciam que iriam cair com total facilidade. 

- Crianças, o psicológico de vocês se encontra em um estado tão quebrado, que tal a gente... Brincar? 

Sombras, era somente isso, diversas sombras circulavam todas as garotas naquele lugar, elas não tinham aparência específica e sim somente traços de sombras correndo pelos arredores. Naquele momento diversos braços surgiam no chão de cada uma naquele local, todos eles agarravam imediatamente o braço direito de todas as garotas, sem que todas tivessem chance de escapatória. 

- Gostaria de saber o quão aguentam correr, se divirtam! 

Elas poderiam perceber que a luz daquele local que tinha desaparecido foi ligada, mas todavia todas as saídas do local foram trancadas em imediato, até que ocorreu uma coisa que levaria todas elas no cúmulo do desespero, o ponto máximo do medo. 

- Tic Tac... 

Todos os braços que agarravam os braços direitos das garotas pareciam ficar mais fortes, dessa vez o aperto era tão forte que literalmente os braços explodiam, eles eram amassados até o cúmulo sem sombrar nem mesmo resto de ossos. 

- Eu ofereço a vocês uma resistência, achem uma forma de sair do local, mesmo com os braços sangrando todos vocês conseguirão se mover normalmente, a questão é que a dor é DUPLICADA! 

Os tremores aumentavam totalmente, o sangue escorria bastante, fazendo com que muita quantidade do mesmo caia sobre o chão a cada passo que elas davam. Não tinha nenhum material para que elas pudessem ''parar'' o sangue.

Tudo restava apenas em três coisas
Medo
Muita Dor
Desespero Psicológico 

A dor não era sequer sentida por Hannabel. Tudo aquilo estava acontecendo tão rápido e de forma tão inexplicável e acreditável, que mesmo que ter o braço arrancado doesse feito o pior dos infernos, a albina sequer sentia a dor. Sequer sentia o sangue a manchando as roupas, conforme a adrenalina e o pânico corriam pelas veias da garota, não a deixando apagar, ou ir abaixo. Um rosnado saiu dos lábios da garota, que tacou a primeira coisa que viu pela frente nos tentáculos, olhando ao redor com as safiras parecendo em chamas. Não falava, apenas chorava e apertava o maxilar fortemente, sem sequer perceber.