恐怖は現実の私たちが強い作るものです
living in hell
dream.
A máscara que usualmente utilizava, encontrava-se completamente destroçada, mas ainda cobria seu rosto. O corpo, que costumava ser completamente belo e encantador, agora era coberto por feridas intensas e profundas que pareciam não ter mais solução, porém, ainda se mantinha de pé. Suas duas espadas, que carregavam o louvor da vitória na guerra, espalhando medo, antes brilhavam e tinham as lâminas mais afiadas de todo universo, no entanto, após aquela batalha, estavam prestes a quebrar, sendo apertadas fortemente pelo homem que se recusava a perder. Se recusava a desistir do que lhe era direito, e seus olhos provavam isso: as íris estavam raivosas, com furor e ira. Seu vermelho antes nunca havia sido tão poderoso, e no fundo deles, o fogo de batalhar para proteger ela, queimava.
— SAIA! — gritou com todo ar de seus pulmões, exalando uma aura tão forte quanto a insana da besta, mas que era coberta por uma raiva evidentemente alta. Não podia deixar que ninguém a machucasse — Afaste-se dela! O único que deves enfrentar sou eu! — e no mesmo instante, o homem não esperou um segundo após falar para atacar, correndo em direção daquele enorme monstro que ameaçava a vida de ambos. Suas espadas foram erguidas para o céu, e com um movimento abrupto, estendeu ambas para o mesmo lado, começando a dar uma série de ataques alucinantes e violentos, que apesar da ferocidade, apenas eram capazes de afastá-lo para longe, sem causar grandes machucados como era esperado. E mesmo assim, não desistia. Os músculos de Timor podiam cair e seu ar podia se esvaziar por completo, mas nunca pararia. Tanto pela responsabilidade que carregava desde quando era menor, quanto por seus fieis guerreiros e por sua mestra.
Foi quando sentiu aquele doloroso ataque pegá-lo de forma certeira. Os ossos estralavam em estrondos colossais de tamanho impacto que era quando o corpo do moreno chocava-se contra as pilastras, e com toda força de vontade que lhe restava, mantinha a sua pose e feição de não desistência. Tentava parecer firme, sem um pingo de suor. Mas seus dentes ainda ficavam trincados em um rugido furioso de dor, e sem conseguir conter, um urro mudo saiu ao abrir a boca forçadamente. De forma lenta, então, o sangue que recém-escorria por todos os lugares daquele que sofria, pintava-o com cuidado no corpo. ''Por favor, não..'', implorava Timor ao sentir sua alma desesperada por algum descanso. ''Eu preciso protegê-la.. a Hanna..''.
E mais uma vez, perdia. Ele se levantava, tentava novamente, e depois de sair com novos machucados, beirando a morte, consequentemente voltava.
Sua estrutura já estava completamente desfigurada de machucados após tantas tentativas, e impressionantemente, manteve-se erguido. O corpo estava quase que completamente curvado, pendendo, brincando entre capotar e seguir em frente. Suas pernas estavam mais dobradas por estarem quebradas que por cansaço, e mesmo assim, recusava-se abandoná-la. O homem era incapaz de deixar a pequena Hannabel, como se algo além daquele contrato o prendesse nela. Assim, quando o céu gradualmente se escurecia e tornava-se mais vermelho, a poeira levantava fortemente pelo campo que estava coberto pelo sangue de Timor, e um brando de esperança surgiu — VÁ! CORRA! Me deixe aqui.. apenas fuja para longe e procure por ajuda. — sua voz era intensa, como se sua vida dependesse daquilo, e sendo — Apenas fuja e me deixe te proteger. Irei orgulhar-te. — e por fim, baixou, calmo. Proteger, aquela palavra que o dava as forças que não tinha.
Finalmente, estava na hora de tornar-se o monstro que era. O mais velho empurrou a albina para longe, sem que a machucasse, e em seguida, se virou para a besta furiosa. Encarou-o, mas dessa vez, não possuía apenas raiva no seu olhar. Possuía algo diferente que não havia despertado até o momento, que apenas após tantas vezes ter caído no chão, conseguiu trazer a tona. Aquilo certamente não seria o milagre que o faria vencer, mas de certa forma, uma resistência gritava — Irás arrepender-se por ter nascido, maldito! Ajoelhe-se diante do seu Deus! — exclamava poderosamente o homem com uma expressão insana, suas duas lâminas conectadas através de um ''X'' marcado no ar, e com uma puxada violenta, partiu para cima do outro, sem medo, sem temor. Atacava impiedosamente, como um animal selvagem e sem controle algum sobre suas ações. Queria provar da morte, e isso tudo, porque haviam mexido com a única pessoa que já amara na vida.