Corredor Suspeito

Relembrando a primeira mensagem :

Em um dos corredores da Universidade existe uma curva que dá direto em uma parede. Seria isso um erro de planejamento na criação do prédio ou tem algo a mais envolvido?
Por algum motivo, todos os outros alunos ignoram esse corredor como se ele nem existisse...

Rotas:

>>Interior da Universidade - Visão Geral
>>Arena

Chegando no corredor ele se dirigiu para a parede. Parou em sua frente alguns segundos. Então colocou a mão sobre a mesma, fechou os olhos e seguiu em frente.

>> ???

*Seguindo seu mestre estando desmaterializado, Lancer olhou para trás visualizando aquele outro garoto, realmente Kagami estava muito apressado e nem sequer notou que o outro havia tomado seu mesmo rumo, algo que fez o servo simplesmente fechar os olhos e voltar sua face para frente acompanhando o menor mantendo-se invisível*

Na parede agora tinha uma porta dupla, que era visível para todos. Ela era o caminho para entrar na Arena da Semana.

Chegou no corredor e respirou fundo, um pouco nervosa sobre isso, mas, se lembrou que Archer estava com ela, então... Seguiu em frente.

>> Arena

Chegava naquele corredor, não tive muitas boas lembranças aqui já que foi onde me sujei com o sangue da parede, mesmo assim podia ser algo interessante, agora que tudo era falso, eu posso fazer algo aqui, talvez uma entrada, encarei aquele corredor. Respirei fundo, sabia como entrava na arena, logo então apenas andei em linha reta.


>>> ???

>>>Visão geral

>>>Arena

>>>Arena

Imaginei que um faxineiro como pudesse estar em algum corredor por essas bandas. Especialmente quando ele é tão estranho quando ao homem que procuro.

__Ué, que estranho. Um corredor que dá para uma parede? Aff.

Encostei na parede para pensar.

Naquele instante que Jessie encostava na parede para pensar, ela olhava para o teto por alguns segundos, logo para o chão e ficava alterando até que quando ela piscou ela parecia estar enxergando um lugar completamente diferente.

Como uma estrada pavimentada por corpos de humanos, onde o cheiro pútrido da carne em decomposição daqueles pedaços de carne incinerados se estendiam até onde o horizonte conseguia alcançar. Milhares de corpos empilhados em cima uns dos outros, o cenário de uma cidade completamente arrasada e o céu vermelho como o sangue que pintava o cenário para aquela visão infernal.

Olhava para a parede que agora eram vários corpos que seguravam seu corpo, prendendo suas mãos, braços, pernas, sem chance de escapar. Um crânio em seu lado até parecia que se aproximava para morder seu pescoço e arrancar sua traqueia fora e espalhar seu sangue pelo chão, mas parece que aquele crânio mal conseguia aguentar seu peso, uma vez que o seu pescoço se quebrou ele caiu no chão, fazendo um barulho de vidro quebrando.


No topo da pilha de corpos estava uma garota, extremamente similar a ela. Em sua mão estava uma marca parecida com a que ela tinha. E naquele momento ela notou.

Todos os corpos possuíam marcas assim, apesar de estarem mais apagadas, eram sem dúvida o mesmo tipo de marca, no mesmo lugar.

A garota então finalmente se levantava e encarava Jessie. Revelando que a aparência dela era idêntica a sua. "Aquela.... sou eu?", se perguntava Jessie, mas parece que a voz respondeu antes que pudesse achar sua resposta.

Não faço ideia por onde começar a procura-lo. Nem do que está acontecendo, só tenho a certeza que isso tudo é muito estranho. Talvez eu devesse pedir aos meus pais para me transferir...de novo. Eu disse que dessa vez seguiria a sério, não posso voltar atrás com minha palavra. Vou mostrar a eles que sou a me- Que porra é essa? Eu só pisquei os olhos enquanto alternava a direção do meu olhar. Mas isso...não é aqui, não é real. Não pode ser. Senti a agonia percorrer meu corpo, o pavor com que aquela cena se apresentava a mim, eu tentei me convencer que era coisa da minha cabeça, porém o cheiro é tão forte. É podre, ruim. Não o suporto, aquilo são. . .céus, são corpos apodrecidos e em decomposição, são muitos empilhados. Eu preciso sair daqui. Chamar ajuda. Não, Jessie acorda, isso não é real. Tentei levar as mãos em meu rosto para me acalmar, mas não consegui. Percebi que uma coisa estranha me aprisionava, que eu não estava mais naquele corredor, aquilo parecia uma cidade devastada por uma guerra. Mortes para todo o canto. Senti minha respiração travar, relutei balançando meu corpo para me soltar, fechei os olhos para ignorar aquelas coisas que me tocavam. Estou em desespero. E então, um vidro se quebrou? Não, aquele crânio que iria me matar, não aguentou. Céus, estou delirando. Não é possível, isso...É a verdade? Que tipo de verdade?! Foi então que notei...elas brilhavam em meio aquela escuridão de morte, similares a minha e a dos outros dois. Marcar em suas mãos, isso me chamou a atenção por alguns instantes e de certo modo me confortou, como se eu encontrasse a certeza da minha sanidade. E ela...EITA PORRA, ESSA GAROTA PARECE COMIGO. NÃO, ELA É IDÊNTICA A MIM. CARALHO, ELA SOU EU???!

** Jessie não conseguia controlar suas respiração, estava ficando com falta de ar. Agitada, se movia cada vez mais, tentava desviar o olhar daquela visão horripilante e ao mesmo tempo, descobrir a verdade. Suava frio, não percebeu mas caiu en prantos. **

- MAS QUE DROGA, EU NÃO ESTOU PRONTA PARA MORRER AINDA. EU NÃO ATINGI MEU LIMITE, EU NÃO PROVEI QUE ESTOU CERTA, EU TENHO MUITO A VIVER AINDA E EU NÃO QUERO MORRER AGORA. MAS QUE PORRA. NÃO VOU MORRER. EU NÃO POSSO MORRER, PODEM SER MOTIVOS FÚTEIS, MAS SÃO OS MEUS MOTV-

Senti meu corpo pesar, e novamente uma forte dor na cabeça, mais intensa. Senti que meus miolos iriam estourar. Mas o cansaço falou mais alto. Não sei o que houve, acho que caí no chão e adormeci. Ou será que morri?

Sarah estava andando pelo local quando acabara por notar a Jessie caída no chão. Após olhar em volta nos corredores e não avistar ninguém, ela lentamente se aproximou e removeu seus headphones. Claramente o dia estava um tanto estranho para ela, não costumava ter tantas surpresas em um dia.

Ela se agachava com um biscoito Pocky na boca e então cutucava a cabeça dela com o dedo, como se fosse uma espécie de animal morto.


Ela nem esperava que Jessie respondesse e logo se levantava e colocava de volta seus headphones. Estava pronta para ir embora dali.

Perdi a noção do tempo enquanto estive caída ali, não lembro direito o que aconteceu. Demorei a recobrar os sentidos, a assimilar que estava estirada naquele corredor. Só me dei conta disso quando senti algo me cutucando - ou alguém. Minha cabeça ainda doía um pouco, acredito que por conta do impacto, até o chão sabe? abri os olhos lentamente, minhas orbes douradas encaravam aquela menina e num ato de súbita confusão, estendi meu braço direito até ela. Para ver se aquilo era real ou não. Para acordar de meu pesadelo, pois agora lembro de tudo o que vi. E estranhamente...minha marca está diferente, menor. Um de seus símbolos havia desaparecido. Meu coração palpitou, senti a respiração acelerar outra vez. Tentei me levantar do chão rapidamente, buscar meus pertences, meu celular. Será que algum dos dois já tinha me enviado alguma mensagem? Infelizmente não peguei seus números, só dei o meu. Levantei com dificuldade e depois de checar o aparelho, o guardei na mochila. Enquanto arrumava sua alça nas costas dirigi-me àquela figura.

__Obrigada por me acordar. Eu me chamo Jessie. Faz muito tempo que está aí? Eu não sei o que aconteceu, não costumo ter tonturas, mas desde que cheguei neste lugar sinto meu corpo estranho. Não quero atormentá-la com isso, pois bem. Sabe onde fica o Faxineiro ruivo? Ele se chama Mark.

Tentei ser direta, discreta e ao mesmo tempo certeira. Joguei uma série de palavras que poderiam despertar seu interesse e fazer com que ela me contasse o que sabia. Ou...não, já que ela tem um jeito tão estranho, desligado. É o que temos para hoje.

Nesse meio tempo, senti meu telefone vibrar dentro da bolsa. Já o deixo em um bolso separado, pequeno, de fácil acesso. E também passível de senti-lo quando alguém faz contato. Olhei para a menina e me afastei até a parede. Pensando melhor, voltei mais uns passos para frente. Preferi não encostar de novo nela...chequei meu celular e vi a mensagem de Rose. Boa garota. A respondi.

"Parece que algumas pessoas - se não todas - são escolhidas por essa marca. Eu tive um sonho muito estranho, e bem aterrorizante. Até mesmo desmaiei. Será que o albino foi nas salas de aula? Não recebi mensagem dele. Acho que vou procurá-lo. E bem..."

** Jessie suspirou. **

"Você me ama? Que doçura. ~"

O garoto estava passeando sobre o corredor mantendo um enorme sorriso em seu rosto, suas roupas pareciam ser bem estranhas comparadas as roupas da época, estava com livros que tinham símbolos de pentagramas pendurados com uma corrente na cintura. 

Fez um olhar entediante perante aquilo tudo, chegou a por os fones novamente pois estava cansada de ficar na presença daquele homem, ainda mais pelo fato dele transparecer alguém que a incomodava, embora seu rosto ficasse meio vermelho perante a ele.



Então ela começou a se retirar do local, estava com uma longe distância daquele homem que aparentava estar a incomodando de forma excessiva. Retirou um chiclete do bolso e começou a andar para sair do corredor, a expressão de Sarah era a mesma, como se não tivesse emoções. 

A expressão do homem era risonha, estava rindo a toda hora e a qualquer momento que estava passando naquele corredor. Logo quando ela falou sobre as marcas, ele a ignorou totalmente embora tinha cara de que saberia do assunto perfeitamente.