Primrose agora se encontrava já caminhando em uma floresta. O caminho que ela estava era vazio, sua frente não havia nada, nem flores, nem grama, somente a terra. Nos cantos do caminho, era tudo preenchido por árvores, onde todas elas possuíam todo tipo de flor vermelha, de todos os continentes. O céu era claro, com pequenas nuvens que não cobriam nem menos da metade do céu.
A garota sentiu que já estava naquele local faz tempo, mas a recém havia chegado no caminho que tinha sido pedido pra ela desde o início do sonho.
Ela então continua a andar, totalmente emergida no sonho, totalmente inconsciente. A cada passo que ela dava era possível ouvir barulhos que provinham de algo que se movia entre arbustos. De repente, como num passo de dança, uma garota trajada em um vestido vermelho nobre, deslizou diante de Primrose. A loira encarava aquela recém chegada com um olhar ingênuo, sem entender o que estava acontecendo, mas tendo uma certeza: confiaria nesta pessoa.
A garota vestida de vermelho então jogou seu braço para trás, convidando Primrose para entrar em uma casa totalmente de madeira, da qual não possuía nenhuma janela aparente. "Primeiro as damas" proferiu seus lábios que não saíram sons reais, mas que a garotinha ingênua pôde sentir em seu âmago o significado.
Adentrando no local, sem ver, ouvir, nem mesmo sentir a trajada de vermelho fazer o mesmo, Primrose avistou uma longa mesa de madeira, preenchida com um banquete de carnes. Instintivamente ela andou até a última cadeira, a da ponta, a que chamava uma abstrata atenção. Ao sentar naquela cadeira, ela sentiu como se estivesse sendo apertada, mas não ligou, como se não quisesse incomodar a anfitriã. Quando esta pequena garotinha encostou suas mãos na mesa para pegar os talheres conseguiu ver a comida e, numa súbita fome, começou a engoli-la, assim também como o suco vermelho desconhecido que ali estava, ao lado do prato.
Ao terminar todo o prato, lambendo-o para não deixar nada de fora, ela ergueu a cabeça e pôde notar duas coisas: a mulher trajada de vermelho na outra ponta; o banquete havia virado membros e órgãos de todos os tipos, braços, cabeças, fígados, corações: todos. A pequenina não comentou nada disso, mesmo estranhando. Tudo pelo mesmo motivo de antes.
Ouviu-se um barulho da porta, duas batidas que representavam alguém visitando-as. Assim, a senhora trajada de vermelho abriu a porta. A cada ranger da porta, um robusto corpo cheio de pelo invadia o local. Loirinha não fazia nada além de assistir, como se fosse incapaz de alterar aquela situação. No fim, quando a porta encostou na parede, tudo que pôde ser visto foi uma enorme cabeça engolindo a pequena e velha cabeça da trajada de vermelho.
Foi então que todo cenário mudou.
A loirinha de laços vermelhos se encontrava numa sala escura. Não podia ver nada, apenas sentir. E o que ela sentia eram correntes. Correntes que passeavam pelo seu pescoço, punhos, tendões, seus seios pequenos e até mesmo uma que entrava em sua vagina e em seu ânus. A próxima coisa que sentiu, depois da dor de estar sendo pendurada por correntes, foi um expirar de narinas enormes que denunciaram que ela se encontrava totalmente nua. Ela sentiu o vento quente das narinas de um enorme cachorro passear por todos seu corpo e então voltar, como se as grandes narinas estivessem sentindo o cheiro de cada pequena parte da loirinha de laços vermelhos. A loirinha de laços vermelhos começou a sentir finas mãos e unhas passar pelo seu corpo, lugares nunca antes tocados. Enquanto esta fina mão deslizava pelo corpo, ela trazia uma corda, que espetava pelos fiapos que saíram e incomodavam pelo sua grande circunferência. Esta corda andou por partes estratégicas do corpo da loirinha de laços vermelhos. A grossa corda acentuava os seios da loirinha de laços vermelhos, circulando-os e forçando-os a saltarem, descia, então, pra cintura deixando o seu pequeno umbigo amostra, mas, formando um triangulo aonde encontrava sua vagina, como uma sinaleira de que era ali que entraria, por fim, subia novamente, passava pelas costas, descendo os ombros até formar uma espiral que terminava nas coxas; era possível também sentir os fiapos irritarem suas partes intimas.
Então, o corpo da garota começou a voltar ao normal. Seu corpo que antes estava menor, agora crescia para seu estado anterior à casa. Seus peitos aumentavam, saltando ainda mais e incomodando pela corda não estar mais no tamanho adequado, o que pode ser sentido em todos os lugares, mas, principalmente nas coxas, onde a espiral ocupava um espaço maior e agora a irritação que esses fiapos faziam nas suas partes íntimas provinha-a um leve prazer que aumentava gradualmente.
As luzes acenderam.
Ela se viu em um lugar totalmente fechado, com armas de todos os tipos, cabeças penduradas de todos os tipos de animais, objetos de treinamento, objetos indecentes e o mais importante: Uma garota. Ela trajava um corselete e uma mini-saia de cores escuras, um leve tom de vermelho se encontrava em algumas partes também. Possuía uma meia-calça de rendas em uma perna, da qual havia uma bota vermelha e um pedaço de ferro, como uma armadura na canela; enquanto na outra perna havia uma parte de um espartilho, que terminava no mesmo tipo de bota, contudo, não havia uma caneleira de ferro e sim uma adaga presa em um pedaço de couro bem resistente. Já seus braços possuíam diversas partes de armaduras, couro, ferro, bronze, cobre, todas por cima de uma luva preta. Em sua cabeça havia um gorro personalizado, onde havia espaços para uma espécie de orelhas. Este gorro vermelho descia, transformando-se numa capa enorme e vermelha, onde, no final, havia pequenas falhas de rasgos. No meio da capa, havia um furo enorme por onde um corpo peludo e negro saía e, do seu fim, saía um enorme rabo peludo que havia uma leve degradê azul. Esta excêntrica pessoa sorria, como se fosse gostar do que estava por vir.
E assim, o rabo balançava de um lado para o outro, a cada passo em que a excêntrica garota dava em direção à Primrose.